Ácidos.
Mais uma vez vos trago a Akina Nakamori (中森明菜). Em 1986, ela estava no pico da sua carreira e conseguiu a liberdade para fazer algumas experiências. A mais peculiar foi o álbum “Fushigi (不思議)” (“Misterioso”). Saiu a 11 de Agosto desse ano e foi o primeiro álbum produzido pela própria Akina. E, para variar, chegou ao 1º lugar das tabelas de vendas, para além de ter sido o 15º álbum mais vendido do ano.
Depois de o álbum ter saído, houve muita gente a devolvê-lo. Não por não terem gostado, mas porque pensavam que estava defeituoso. Foi por causa dos efeitos vocais que fazem parecer que a Akina está a cantar do fundo de um túnel, para além da maneira como ela canta. A sonoridade do álbum também é muito caraterística. Foi inspirado no filme “O Exorcista” – acho que é percetível.
Todas as músicas do álbum são muito boas, mas resolvi escolher a Marionette (マリオネット) porque estive a arrumar a minha pasta de músicas da Akina e apercebi-me que a tinha apagado do PC. Para além da sonoridade caraterística do álbum, ouvem-se umas cordas a lembrar ritmos célticos. Tudo conjugado dá uma das melhores faixas do disco.
O álbum é de facto único e inovador para a altura (apesar dos ritmos estarem um pouco datados) e delimita a barreira entre a Akina e outras artistas que começaram como idols. Acho-o uma parte importante da história da música japonesa.
Em 1988 saiu um mini-álbum chamado “Wonder” que tinha algumas versões de músicas do “Fushigi”, mas sem aqueles efeitos vocais. Na minha opinião, é o melhor disco da Akina.
Não quero acabar o post sem deixar, ainda, uma versão ao vivo desta mesma música – de 2006, se não me engano.